Ver um colega de profissão ser ofendido, levar cusparada, ser agredido covardemente por pessoas que dizem ser "atletas de cristo" é algo que me fez ter um sentimento que nunca tive pelo ser humano: nojo. Mas como cristão devo saber sempre perdoar, pois "eles não sabem o que fazem".
Porém, é triste e deixará marcas o fato das pessoas que esquecem a finalidade do esporte aliado à religião. Em quatro anos de arbitragem nunca vi algo tão grosseiro, ridículo e covarde, ainda mais partindo de um torneio de que o princípio é unir almas.
Porque um árbitro não é tratado como ser humano? Porque muitos nos tratam como inimigo se estamos lá para organizar e ensinar? Porque não temos o direito de errar? Porque somos perseguidos? Será que todas essas pessoas que nos agridem, seja de qualquer forma, tem a coragem de apitar e comandar um jogo como fazemos? De ter a atenção redobrada, estudar regras, correr pra ficar em cima do lance, ter a paciência e escutar quieto e não revidar toda vez ao ser xingado ou agredido por atletas, técnicos ou torcedores. Porque não pensam por alguns instantes em como seria estar em nosso lugar? E por que a violência física e verbal é escolhida como forma de resolver as coisas?
É triste ainda saber que muitos usam o nome de Deus e fazem esses atos, nem são atletas formados, não pertencem a clubes profissionais, não recebem salários para jogar, estão apenas para o esporte, bater uma bolinha e mesmo assim vão para as quadras para estragar o trabalho, um domingo de pessoas que são qualificadas, pessoas que estudaram, de que tem outros trabalhos, familiares, etc.
Enfim, algumas pessoas estragaram meu esporte ao fazer o que fizeram com um companheiro meu, mas devo seguir em frente e como cristão saber perdoar e esperar que Deus toque o coração de cada um.
Hoje algumas pessoas estragaram o torneio que mais prestigiava, o que me resta agora é buscar alguma motivação em continuar com o trabalho, pois tenho grandes objetivos, carrego hoje nas costas a responsabilidade de ser uma grande promessa na arbitragem, tenho apoio de amigos, ábitros e presidentes de ligas de futsal e só isso me mantém hoje. E, como árbitro que sempre representou e defendeu um torneio cristão, irei lutar pelo melhor desse esporte, pela paz, mesmo agora, diante dos fatos ocorridos, envergonhado diante das pessoas de quem sempre elogiei o esporte cristão.
Para mim, a 7° Taça Marcos Sabino 2011 se encerrou precocemente de forma varzeana num jogo de quartas de final onde o respeito por um trabalhador e amor a Cristo foram deixados de lado.
Quero paz!
Daniel, vc teve muito sucesso nas suas palavras e concordo plenamente com vc e como atleta venho pedir desculpas e tenha certeza que vcs estão fazendo um trabalho digno e excelente.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho e não desanime nunca.
Obrigado Davi, vc é um grande exemplo de amor e garra ao esporte sem precisar levar ao baixo nível da violência. Parabéns!
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